No âmbito da comemoração dos 60 anos da publicação de A Sibila (1954) a Guimarães Editores lançou no mês de Outubro na colecção Opera Omnia e em versão capa mole a obra revista.
Sobre a obra que veio dar o reconhecimento generalizado nas letras portuguesas à autora, Agustina Bessa-Luís referiu em Conferência na Universidade de Granada em 1987: “Eu sempre pensei que a Sibila era a minha tia Amélia, vaidosa e com jeito para coisas de tribunais…”
Oito anos após a publicação de A Sibila, no seu retiro de Esposende, a autora escreveu O Sermão do Fogo retomando a personagem dessa tia de Vila Meã, a quem chamou Amélia, num regresso a uma convivência imaginada.
“Amélia…enquanto descia as escaleiras de pedra, sentia já um imenso calor nas suas veias, como se ela própria transportasse a soma desse imenso colóquio humano entre limites que ultrapassam em muito os da realidade que nos é dado tocar e perceber.”
(Agustina Bessa-Luís. O Sermão do Fogo. Esposende, 7 de Abril de 1962)